Como o exercício físico pode fortalecer sua saúde mental

A prática regular de exercícios físicos tem efeitos positivos sobre a saúde mental. Movimentar o corpo com frequência favorece o equilíbrio emocional, melhora a disposição e reduz sintomas como estresse e ansiedade. Mesmo em pequenas doses, como uma caminhada curta ao ar livre, os benefícios já são perceptíveis.

Entre os efeitos observados estão o aprimoramento do sono, o aumento da energia ao longo do dia e uma maior clareza mental. Do ponto de vista neurológico, o exercício estimula a liberação de substâncias como serotonina, dopamina e endorfinas, que estão diretamente ligadas à sensação de bem-estar.

Além disso, o movimento regular contribui para a saúde do cérebro, melhorando o fluxo sanguíneo, reduzindo a inflamação e fortalecendo a plasticidade cerebral — a capacidade de adaptação e aprendizado. Incorporar a atividade física ao dia a dia é uma escolha eficaz para quem busca mais equilíbrio, vitalidade e qualidade de vida.

Caindo para voar mais alto: a importância de refletir sobre os próprios erros

Já se questionou como lida com seus próprios erros? No livro 'Sem Tempo a Perder', a monja Pema Chödrön nos ensina que a autocompaixão é fundamental para superarmos nossos equívocos.

Vivemos em uma sociedade que valoriza a perfeição. Para perpetuar essa visão, muitas vezes tendemos a esconder nossos tropeços, seja de nós mesmos ou dos outros. Para Chödrön, encarar as falhas com honestidade pode ser a chave para o crescimento pessoal.

Ao invés de nos condenarmos a um ciclo de autocrítica, Chödrön recomenda cultivar uma atitude de autocompaixão, no qual reconhecemos nossos deslizes, mas sem carregar o peso da culpa. Essa prática, conhecida como confissão, permite liberar a autodecepção, abrindo espaço para a mudança. Em síntese, confissão é sobre abraçar nossa humanidade e aprender com nossas experiências. 

Essa reflexão deveria ecoar na vida digital. A internet, com sua constante vigilância e julgamento, muitas vezes nos induz a construir uma persona perfeita. No entanto, a verdadeira jornada está em reconhecer nossas falhas e trabalhar para superá-las. A autorreflexão, embora desafiadora, é fundamental para a evolução pessoal: “Podemos admitir para nós mesmos que pela nossa ignorância fizemos o mal sem estarmos presos nas definições de ‘ser mal’” (Dzigar Kongtrul, mestre do budismo tibetano).


Entendendo a natureza humana

David Brooks é um colunista do The New York Times e autor de vários livros, incluindo "The Social Animal: The Hidden Sources of Love, Character, and Achievement". No vídeo, ele discute a natureza humana e como a ciência está nos ajudando a entender melhor quem somos.

Brooks nos convida a enxergar além do óbvio, revelando que somos uma intrincada teia de corpo, mente e relações. A ciência, ao desvendar essa complexidade, nos aproxima de uma compreensão mais profunda de nós mesmos. 

Além disso, o autor defende que a ciência é essencial para a evolução da sociedade. Ao aprofundarmos nosso conhecimento sobre a natureza humana, podemos desenvolver políticas públicas mais eficazes, criar instituições mais justas e, consequentemente, construir um futuro mais promissor para todos.

O tempo e as mudanças que carregamos

Reconhecer a passagem do tempo é fundamental para a saúde mental e o amadurecimento emocional. É o que defende a psicoterapeuta Moya Sarner. Para ela, embora a sociedade valorize a juventude e estimule a negação do envelhecimento, a capacidade de se ancorar na realidade das transições da vida permite elaborar perdas, promover mudanças e desenvolver uma identidade mais integrada.

Cada fase da vida — infância, adolescência, juventude, meia-idade ou velhice — apresenta desafios e oportunidades únicas. Ignorar essas transições, acreditando que "idade é apenas um número", pode gerar desconexão com a própria história e dificultar o crescimento pessoal. Em contraste, aceitar essas mudanças fortalece o vínculo com o presente e abre espaço para transformações significativas.

A meia-idade, por exemplo, muitas vezes vista como um período de estagnação, pode ser especialmente produtiva. Ao reconhecer que há mais tempo vivido do que por viver, muitas pessoas passam a repensar prioridades e buscar caminhos mais alinhados aos próprios valores e desejos. Esse processo exige contato com as perdas, mas também favorece uma reorganização interna que pode resultar em maior vitalidade e autenticidade.

Sarner conclui que enfrentar o tempo que passa não é apenas lidar com o envelhecimento, mas também acolher as mudanças internas e externas que fazem parte da construção de uma vida plena e coerente com quem se é.

Galaxy Watch agora mede antioxidantes na pele

O Galaxy Watch 8 trouxe uma nova função: o Índice Antioxidante. O recurso busca oferecer uma leitura aproximada da qualidade da alimentação do usuário, com base na presença de carotenoides na pele, pigmentos que indicam o consumo de frutas e vegetais. 

Os carotenoides analisados pelo relógio são pigmentos naturais presentes em vegetais como cenoura, abóbora, espinafre e outros alimentos de cores vivas. Eles têm função antioxidante, ou seja, ajudam a combater os radicais livres, moléculas instáveis associadas ao envelhecimento precoce e a danos celulares. A concentração desses compostos na pele funciona, portanto, como um indicativo indireto da frequência e da qualidade do consumo de vegetais.

O resultado gera uma pontuação classificada como “muito baixa”, “baixa” ou “adequada”, refletindo os hábitos alimentares dos últimos 7 a 14 dias. Com base nessa leitura, o sistema pode sugerir o aumento do consumo de frutas e vegetais, mas sem substituir orientações médicas.

É importante lembrar que a leitura só será eficaz se o relógio for retirado do pulso durante o processo. Isso evita interferência dos vasos sanguíneos do punho, permitindo que o sensor BioActive funcione com mais precisão ao contato direto com a pele do polegar.


Cinefilia

“Não me lembro de nada que tenha me dado tanto e tão constante prazer desde a infância quanto o cinema [...] A segunda melhor coisa que você pode fazer no escuro é ver um filme. A primeira é ver um grande filme. Obrigado, cinema.”

Cinema é minha grande paixão. Por isso, a citação de Luís Fernando Veríssimo resume perfeitamente minha relação com a sétima arte. A pergunta que se coloca, então, é: o que torna um filme inesquecível? 

O livro "Moviemaker's Master Class" apresenta respostas para essa questão. A obra reúne 20 aulas de diretores que moldaram o cinema. É uma oportunidade única de aprender com os mestres sobre como escolher a história adequada, guiar seus atores e construir a identidade visual de um filme. 

O irrequieto Jean-Luc Godard tem uma leitura bastante própria da questão. Presente no livro, o cineasta francês distingue a obra cinematográfica entre visível, o que está diante de nós, e o invisível. O último aspecto seria uma característica que só os grandes filmes apresentam, e que existe por entre o visível. É a mensagem subjacente que se revela através da escolha e da organização das imagens.

Além disso, Godard diferenciava cinema e televisão. Para ele, a TV se contenta com o óbvio, enquanto o cinema busca o que está além. 

Outros procuram compreender a questão de forma ampliada. Até porque o cinema conquistou seu lugar de destaque na cultura, deixando para trás visões elitistas e reducionistas. O escritor Cabrera Infante descreve o cinema como um híbrido fascinante. Em sua visão, o cinema é uma fusão de diversas artes: É literatura, pintura e fotografia em uma só forma de expressão.

Qual o impacto de viver rodeado de opções alimentares ruins?


Pântano de alimentos ou deserto alimentar são áreas dominadas por restaurantes fast food e lojas de conveniência. Ou seja, predomina o acesso a alimentos ultraprocessados, visto que há poucas opções para adquirir alimentos frescos.

Isso gera impactos na saúde. Um estudo recente da Universidade de Columbia revelou uma ligação preocupante entre a falta de acesso a alimentos saudáveis e o risco de AVC. Pessoas que vivem em áreas com um excesso de fast food e ultraprocessados, os chamados "pântanos de alimentos", têm maior probabilidade de sofrer um AVC a partir dos 50 anos. Segundo os pesquisadores, nesses locais, a oferta de alimentos não saudáveis é até seis vezes maior do que a de produtos frescos.

Dixon Yang, um dos autores da pesquisa, destaca que a desigualdade social é um fator crucial nesse problema. Muitas áreas com escassez de alimentos saudáveis coincidem com regiões de baixa renda, o que dificulta o acesso a produtos frescos.

É possível ser feliz nas cidades?

 A integração é a única solução para as cidades. Em Londres, não temos favelas. Mas temos pessoas vivendo em habitações sociais, que são subsidiadas pelo governo. São prédios privados, nos quais o governo pode colocar pessoas pobres na porta ao lado de alguém muito rico. Um área só para ricos contraria a ideia de cidade.

O sistema londrino obriga bairros ricos a terem habitações sociais. Esse tipo de sistema já é aplicado na Holanda, na Dinamarca e na Suécia. É preciso criar leis para ter essa integração.
O problema de pobres e ricos no Brasil é igual ao que existia entre brancos e negros nos Estados Unidos. Cidades não podem ter guetos, seja para negros ou pobres.

Richard Rogers, arquiteto. Vale a pena ler a Há mais. Para ele,Se a visão de Rogers soa restritiva para você, há quem busque novos horizontes para o tema. Ao contrário do senso comum, a metrópole também representa uma resposta eficaz para os problemas ambientais. Exemplo: nos EUA, uma pequena casa gasta 88% mais energia que um apartamento. Essa é a tese do professor de economia Edward Glaeser. Em seu livro, entrevista completa que a Folha fez com ele. Alguns dos pontos levantados por Rogers para melhorar a vida urbana:

  • Solução para o trânsito (mais impostos para compra de carros; em Londres, os carros pagam taxa para entrar no centro);
  • Melhorar o transporte público (93% dos londrinos optam pelo transporte coletivo);
  • Criação de espaços públicos em todos os distrito;
  • Controlar as forças do mercado.

Adotar usos mistos para recuperar áreas degradadas de uma cidade seria a solução mais eficiente. Nada disso, porém, será efetivo se não houver continuidade. Nos últimos anos, muitas cidades brasileiras transformaram regiões abandonadas em centros de lazer e turismo. Pouco temo depois, muitas dessas áreas foram esquecidas pela população (equipamentos abandonados), mercado (lojas fechadas) e pelo poder público (infraestrutura sem manutenção). Ademais, uma forma indicada por especialistas para melhorar o degradado centro de várias cidades brasileiras seria incentivar a moradia de pessoas.

Para Rogers, “não há soluções para o trânsito com carros”. Nesse caso, não sei se sigo com Rogers. Penso em soluções restritivas, não proibitivas. Carros podem ser úteis dependendo da rotina de cada um. Alguém que possui rotas múltiplas, num mesmo momento, por exemplo. Sair de casa pela manhã para deixar filho na creche, outro no colégio, deixar a companheira no trabalho e seguir para seu próprio emprego é o exemplo de muitas famílias brasileiras. Essas diversas paradas seriam longas utilizando transporte público.

Opto pelo transporte público porque prefiro ambientes coletivos. E plurais. Isso vale para tudo. Prefiro locais públicos -praças e praias, por exemplo — que acolhem grupos distintos. O carnaval de rua é mais divertido que o baile do clube.

O mais triste é saber que há quem nunca tenha andado de ônibus. Andar sozinho no carro é uma extensão pública da vida “protegida” que levam. Vivem numa redoma, sem novas experiências. Não saem da sua zona de conforto: convivem com pessoas que seguem os mesmos preceitos. O desconhecido não representa um convite, mas sim desperta medo, julgamento.

Triumph of the City, Glaeser defende que a cidade é “ a maior invenção da humanidade”. Além disso, quem vive em grandes centros é mais feliz. Outro mito que o autor quer derrubar. A fuga para um ambiente idílico sempre pareceu mais convidativa que o caos urbano. As aglomerações urbanas também propiciam a inovação. As conexões entre pessoas que moram num mesmo local transformam as áreas urbanas em cidades criativas. Não que essa seja a única via: as tecnologias digitais propiciam a interação de talentos, sem respeitar diferenças geográficas.

Ademais, as metrópoles representam um ambiente rico culturalmente. São vantagens que nem sempre são associadas às áreas urbanas. Pior: para muitos, as cidades seriam problemas intransponíveis. Felizmente, o debate avança. Não nega os problemas, mas também saúda os benefícios da vida urbana.

De toda forma, morar num grande centro não significa apenas um estilo de vida acelerado. É possível encontrar diversas dinâmicas de interação social. Mesmo na cidade, é possível ter uma vida em comunidade. Há quem raramente saia dos domínios do seu bairro. Encontram todos os serviços que necessitam em locais próximos. Ou na internet.

Isolamento social e o impacto invisível da solidão

O Meio e Mensagem publicou um extensa matéria sobre a solidão, questão que, em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como ameaça global à saúde pública. O isolamento social crescente, observado em grande parte da população adulta, tem impactos severos na saúde física e mental, comparáveis aos riscos do tabagismo.

A solidão é um sintoma de uma sociedade com conexões fragilizadas, afetando a produtividade, o engajamento e a confiança nas instituições. As causas são multifacetadas, incluindo a dificuldade em lidar com adversidades, a carência de habilidades sociais e o paradoxal efeito da tecnologia, que, apesar de conectar, muitas vezes reduz as interações reais e a qualidade dos vínculos.

Mulheres, idosos e jovens são grupos particularmente vulneráveis. Há esforços globais para abordar o problema, como a criação de ministérios dedicados à solidão em alguns países, visando combater fenômenos como mortes solitárias e o isolamento social extremo entre jovens.

A solidão é um desafio de saúde pública, mas há passos práticos para mudar isso. Primeiro, admita para si mesmo que está se sentindo solitário. Depois, comece a buscar conexões no dia a dia. Inscreva-se em um curso, comece um novo hobby em grupo ou chame um conhecido ou familiar para alguma atividade, como cinema ou cafeteria. Priorize o tempo cara a cara em vez das telas. É normal sentir receio, mas dar o primeiro passo para interagir é fundamental para reconstruir seus laços.

Cardio: quanto tempo você precisa se exercitar?

O preparador físico Márcio Atalla indica que a duração da atividade aeróbica é um fator determinante na queima de gordura, independentemente da modalidade escolhida.

Além disso, Atalla afirma que a intensidade do exercício desempenha um papel fundamental, mesmo em treinos mais curtos. Ao elevar a intensidade, você aumenta o gasto calórico total, otimizando a queima de gordura.

Nesse sentido, atividades que recrutam diversos grupos musculares, como corrida, natação e remo, se destacam como as mais eficientes.